15 novembro 2011

Amar, amar, amar

Mais um fim de tarde...
A companhia doce da solidão faz bem
Compactua com o silêncio que hoje faz minha alma
Toda a calma do mundo se instalou por aqui
Fundida a uma preguiça sonolenta
Aquecida por um cobertor gostoso que afaga o cansaço
A fome invade os pensamentos...
Fome de respostas, de soluções, de fins
Que saciem coisas que ficaram perdidas
Que ficaram soltas, que ficaram interminadas.
Fechando os olhos, se vê mais do que na luz dos olhos abertos
Porque se enxerga a alma
Que é dona de tudo, que anda de mãos dadas com a razão
Seguida pelas emoções do coração
Esse coração que não sabe muito ver
Que não sabe muito entender
Mas que sabe muito amar, muito se doar
A lógica da vida às vezes se surpreende
Por decisões tomadas, nem sempre acertadas
Onde o coração se impõe
Onde o amor se torna dom maior
E anestesia os sentidos do meramente aceitável
Para ficar sempre, apenas com o que se sente
E ele tantas vezes se engana, ou simplesmente se deixa enganar
Pois de tão carente, de tanto amar
Se permite viver nostalgicamente a perdoar
A se ferir, a se curar
E o que seria da vida se não fosse...
Amar, amar, amar?

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