15 fevereiro 2013

Sobre Mim

Talvez as pessoas devessem saber mais sobre mim...
Eu adoro sorrir, rir, gargalhar e viver num êxtase constante de alegrias mínimas, mas empolgantes, sinceras e felizes.
Rir de tudo aquilo que se pode rir, é meu poderoso elixir de felicidade.
Eu desconfio das pessoas,quando me dão motivos, quando se camuflam em suas máscaras e omitem a transparência de seu caráter.
É meio inerente ao ser humano essa condição de tentar omitir defeitos e erros...
Tanto faz, mas para mim, mais vale uma cara cheia de defeitos, mas completamente autêntica, do que rostos perfeitos porém totalmente artificiais.
O amor já foi minha maior virtude, mas as pessoas me fizeram desacreditar nele e hoje não consigo mais viver em comunhão com esse sentimento.
Afastei de mim as doenças do sentimentalismo e o que impera em meus dias é a conveniência de me relacionar superficialmente com o ser humano, o que aliás, exige muito tato e discernimento para não exagerar nem pra mais nem pra menos.
Aprendi a gostar de balanças, elas nos ajudam a nivelar a vida e equilibrar o bem e o mal para que exista harmonia entre fardos e sutilezas da adorável leveza de ser.
Construí um botão ejetor que afasta coisas que me irritam e nesse quesito, me tornei ignorante e nem quero adquirir qualquer tipo de conhecimento sobre coisas que sabidamente intoxicam a mente e fazem mal.
O bem hoje é minha maior virtude e é o exercício diário dele que me traz maior prazer em viver.
A morte esteve próxima, mas caprichosa que é, decidiu me testar mais um pouco e levou outros em meu lugar.
Essas ausências físicas, tem se alimentado de lembranças e sentimentos bons, de pequenas coisas e momentos que não voltam jamais. E conviver com a morte de coisas e pessoas é isso, pois a morte não faz devoluções nem fabrica ressurreiçõs miraculosas.
Tenho descoberto muitos segredos sobre mim e passei a conhecer melhor meus potenciais e desprezar meus defeitos, mas somente aqueles defeitos que não posso transformar. Não sofro de conformismos comigo mesma, adoro mudar tudo o que pode ser mudado e de todos os defeitos que identifiquei em mim, me livrei.
Adoro minha própria companhia todos os dias!
Venero o silêncio, amo tudo o que é meu e não tenho medo de falar em pertencimento, pois tudo o que é meu está e permanecerá comigo e o que deixei pra trás, foram lapsos, erros e enganos que serviram como lições de coisas que jamais irei desejar novamente.
Não gosto dos venenos que vivem nas pessoas, sobretudo a mentira...
Não entendo por que a insistência em se dizer o que não se sente e em se sentir o que não se diz.
Sou transparente e meu maior erro um dia, foi acreditar incondicionalmente nas pessoas, tolerar mais do que eu mesma poderia suportar e assim me desintegrar em decepções e células cancerígenas que mataram muito do bem que viveu um dia em mim.
Amputei de minha vida, parte daquilo em que um dia acreditei e passei a contar com um ceticismo arrogante e superprotetor, como um escudo que me mantém distante do indesejável.
Gosto de viver sem pressa, desfrutar os segundos, mas confesso que anseio o minuto seguinte e tenho curiosidades sobre o resultado químico dessa mistura de sentimentos que é a vida.
Nunca soube esperar, prefiro buscar o que quero e sobre céu, só acredito em fenômenos climáticos como a chuva e só sei do que posso ver e sentir, pois a minha crença é o que vivo, sem juízes e regras fantasiosas.
Nem céu, nem inferno... Eis o aqui e o agora!
Adoro o real e o paupável e prefiro o concreto do que o abstrato.
Entre realidade e sonho, fico com o real e deixo pra sonhar enquanto durmo.
Adoro planejar, arquitetar o que desejo e realizo tudo aquilo que depende apenas de mim.
Não tolero acomodação, deixarei para me acomodar apenas quando a vida sair de mim e aí então, deitarei, sossegarei e deixarei a terra se alimentar e finalizar o ciclo da vida, com a certeza que deixei partículas de mim suficientemente espalhadas pelo universo, para me tornar eterna, indestrutível e única!