22 janeiro 2008

Relato

Devaneios uivantes caminham em uma mente vazia
Solitária concretização de pensamentos estilizados
Transformados em inspirada imaginação
Fuga em massa de neurônios cantantes
Saltitando queimados em fogueira passando a inexistência
Massa cinzenta amolecida repousante não estrutura
O impulso elétrico não transmite a partícula, do nada em que não habita
Vazio de íons em despolarização
Eloqüente e delinqüente não transpõem à exatidão
O sim, o não decisões aparentes
Perguntas freqüentes seguem adiante, vão em frente
Tropeço do recomeço palavras distorcem e criam o avesso
Tormento triste, um lamento existe
Ponta do lápis quebrada, frase que não desiste
Fato, confissão, desabafo, confusão
Relato de uma prisão, pavor traiçoeiro do temido não.