18 maio 2013

Mesa de Bar

Fumaça disforme inunda a sala
Dançando incógnita entre vagos espaços
Inocentes vozes se propagam
Por entre paredes sem ecos
Falsos conhaques servidos em cristais
Mesas vazias de mentes reais
Tateando o chão com os olhos fechados
Pés pisoteiam sempre apressados
Sapatos desnorteados dançam desconexos
E a música se repete num refrão engraçado
Não há letra não há luz
Um impulso elétrico a onda conduz
Energias se propagam pelo ar
E a noite tão fria não quer terminar
Uma mão que procura seu par
Dedos seminus teimam em se tocar
A alma de calma termina a se calar
Boa noite a todos é hora de ninar...