27 julho 2013

Verdades

Questionamentos sobre a verdade absoluta e mentirosa
Que comove mentes ansiosas por consolo
Que passam a nutrir credibilidade às conveniências da fuga
De viver em lindos casulos falsos e irreais
Não existe nada eterno
O tempo se encarrega de tornar tudo mutável
E se tornam melhores os piores e piores os melhores
E intensificam convicções e somam dúvidas...
E a dialética infinitamente instala questionamentos
O hoje é apenas um fragmento
Suas crenças caem, suas dúvidas se levantam
E o chão passa a ser uma miragem
Onde às vezes se torna inseguro caminhar
E abismos acenam e mãos se estendem
E as opções são duvidosas
Nada é verdade absoluta
Tudo se transforma
E o que hoje era verdade, passa a ser apenas teoria
E de nada temos certeza
Depositando nossos anseios, desejos, vivências, medos
Mexemos no caldeirão da alma
A procura de respostas concretas
Num mundo abstrato de afirmações convencionais!

01 julho 2013

Falatório

Cultivei palavras vazias com a boca fechada...
Na língua do silêncio, de lábios cerrados.
Articulei letras e fonemas
Construindo meu mutismo
E ninguém me ouviu
Nem tão pouco falei.
Respondi a pergunta que sequer existiu
E calei o que pensei.
Que torta concepção
Conceitos, pensamentos...
Facínoras amputaram minhas frases
E as colhi maduras no meu superego
E todas secaram e as semeei novamente
E juntando todos os pensamentos
Falei mil vezes, com os olhos,
Aquilo tudo que o confuso coração sentia!
E quem entendeu, entendeu...
E o culpado não... fui... EU