01 abril 2010

Presídio

Portas fechadas, nenhum sol
Aqui escuridão se confunde com solidão
Algemas calam a liberdade
E nada remete docilidade

Os pensamentos passeiam livres
Ultrapassam os muros
Da ilusão nascem sonhos
Mas a realidade se impõe

Meu peito se aflige
As horas não passam
Os dias são meus fardos
E o amanhã se transforma em dor

Conheço meu crime
Espero a condenação
Mas nenhuma dor exprime
O que vai em meu coração

Dias de vazio imenso
Cabeça contemplando o nada
Mas a liberdade há de chegar
E minha vida resgatar

Quero tocar o sol lá fora
Ser como outrora
Viver fora desse tormento
E pedir a Deus apenas "perdão e esquecimento"

Um comentário:

Ale Mello disse...

Minha visão de como seria estar numa prisão física, real...