02 dezembro 2006

Você

A luxúria das noites e do cheiro de sua pele
Me transportam para a terra do antigo éden
As palavras ditas aos meus ouvidos
São gestos nocivos que me perturbam
Seu sarcasmo denigre meu coração
Sua frieza me perturba
E sua distância me distrai
Tento andar pela avenida expressa de sua existência
Mas existem caminhos em que não me encontro
Me disperso entre a multidão do seu mundo
E fico entre os muros da inexistência
Querendo satisfazer seus anseios
Esquecendo-me dos meus
E meu mundo se extingue
No momento em que passa a ser seu
E a minha docilidade se desintegra
Quando o cítrico ácido do dissabor
Se torna tenra tortura
Iludindo meus mundos paralelos
Obstruindo meus doces sonhos
E puxando-me à realidade de sua egoísta utopia.

2 comentários:

Guilherme Montana disse...

Olha, virou poetisa! Saudades.
Beijos!

Ale Mello disse...

Saudade também... rs
Poetisa eu sempre fui hahahahaha