16 maio 2022

Egoismos

Desmoronaram sonhos Morreram desejos Envergaram-se folhas verdes Encerraram-se alegrias Tudo findou num finito silêncio Irrompido pela invisibilidade Que gritava a ser vista Convidando ouvintes à realidade Mas calaram-se todos Fugiram muitos Ficaram poucos Na solitária batalha egoísta Mãos acenaram, quando deveriam ser estendidas Despediram-se Ignoraram Seguiram E apenas um fardo a ser carregado Espalhou-se pelo chão E dilui-se no vento Fingiram Sorriram Continuaram Enquanto a solidão engoliu Todas as dores que não foram curadas Sem remediar, desistiu e partiu Sem se preocupar com despedir-se

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