13 outubro 2012

Hipérbole

Sala inundada em escuridão
Num vazio de mil almas ao chão
Silêncio ecoa vozes mortas em decomposição
De mãos dadas com a linda solidão

Nenhuma luz acende
Meu coração não entende
Nada na vida surpreende
Nem mesmo a alma compreende

Milhões de vozes em coro
Segurando na palma da mão um choro
Desejas à minha felicidade um goro
Principiando com a morte um namoro

Não há tristezas na vida
Não há dor, nem ferida
Lacuna vazia a ser preenchida
Na contramão da minha avenida

Existência de não saber
Viver o todo sem nada ter
Com milhões de mágoas a desvanecer
Para a um sorriso fortalecer

Não há nada de explicação
Apenas rimas em composição
Mais um dia de inspiração
Colocando em letras minha imaginação



 

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