24 outubro 2006

Ela

As imagens desfocadas de um passado empoeirado
Começam a tomar forma e a assumir sua personalidade
Sua verdadeira personalidade...
Aquela pessoa, não existe mais, ou apenas nunca tenha existido
Tenha sido um subproduto de uma mente em conflito
Longe de ter chegado a uma trégua consigo mesma
Ela vai rompendo as noites escuras, ansiando um dia de sol
Que não chega... que não existe!
Há sempre nuvens, sempre céu nublado, sempre tempestades...
Nos dias em que ela já está se encaminhando para areia,
Para fazer seus lindos castelos, contagiada por uma alegria química,
Tem que voltar ao seu amargo lar, amargar sua doce rotina
De adulta compromissada, sem poder fazer nada...
Seu olhar é triste, profundo, vazio!
Até aquelas gargalhadas são um evento,
Que o corpo produz, para o mundo
Comprovar que ela realmente existe e não dá o braço a torcer!
Mente, simplesmente mente sem medo.
Com a cara deslavada, sem medo de nada e com medo de tudo
Não enfrenta o seu espelho, não encara seu guarda-roupas
Apenas doa suas peças, seu tempo e sua alegria que nem mesmo ela tem
Como se fosse esmola, ofertando-lhe aos seus melhores amigos
Enumerados em 3: Seu cachorro, a menina e o moço
Que foram os que sobraram...
Mas ela mesmo assim vai resistindo,
Tem uma idéia a cada 5 segundos!
E como ela é inteligente...
E como ela poderia mudar o mundo...
E como seria bom se todos fosem como ela...
E como seria bom se ela mesma soubesse quem realmente ela é...

Um comentário:

The Oz disse...

muito bom! =D

se trocasse os "ela" por "ele", haveria muita semelhança, hehe.

ela precisa sair da prisão, acordar, despertar, viver! =P

;*