Pseudo Neura
Neuras em prosa, verso, devaneios e desabafos!
16 maio 2022
Egoismos
Desmoronaram sonhos
Morreram desejos
Envergaram-se folhas verdes
Encerraram-se alegrias
Tudo findou num finito silêncio
Irrompido pela invisibilidade
Que gritava a ser vista
Convidando ouvintes à realidade
Mas calaram-se todos
Fugiram muitos
Ficaram poucos
Na solitária batalha egoísta
Mãos acenaram, quando deveriam ser estendidas
Despediram-se
Ignoraram
Seguiram
E apenas um fardo a ser carregado
Espalhou-se pelo chão
E dilui-se no vento
Fingiram
Sorriram
Continuaram
Enquanto a solidão engoliu
Todas as dores que não foram curadas
Sem remediar, desistiu e partiu
Sem se preocupar com despedir-se
23 julho 2019
Pânico
Angústia angústia
Sufocação
Desespero
E é o enforcamento que me sugere
A corda está no pescoço
Está apertada
Se pular é apenas um nó
Um último suspiro
Último trago
Copo seco
Grito
Ruptura
Medo
E silêncio
O sono vem... e é terno
Eterno
Escureceu
Ensurdeceu
Silêncio
Boa noite
Sufocação
Desespero
E é o enforcamento que me sugere
A corda está no pescoço
Está apertada
Se pular é apenas um nó
Um último suspiro
Último trago
Copo seco
Grito
Ruptura
Medo
E silêncio
O sono vem... e é terno
Eterno
Escureceu
Ensurdeceu
Silêncio
Boa noite
08 abril 2015
Morte Súbita
Corra a passos lentos
Com alento, contra o tempo
Descontente quem tente te convencer
A viver na normalidade ou simplesmente enlouquecer
Na caminhada percorrendo a estrada
Esperando escurecer
Antes que venha a noite fria
Que traz sempre agonia
Escondendo a alegria
Fazendo a coragem perecer
Por ironia às vezes se perde a trajetória
E parece que a história
Nos nega um novo dia
Ocultando toda glória
Que vem com o amanhecer
Para acordar antes é necessário sonhar
Ser livre e ousar
Sem medo de errar
Pois o pior que pode ocorrer
É a vida acabar
E você descobrir que nunca soube viver
É necessário aprender a amar
Com alento, contra o tempo
Descontente quem tente te convencer
A viver na normalidade ou simplesmente enlouquecer
Na caminhada percorrendo a estrada
Esperando escurecer
Antes que venha a noite fria
Que traz sempre agonia
Escondendo a alegria
Fazendo a coragem perecer
Por ironia às vezes se perde a trajetória
E parece que a história
Nos nega um novo dia
Ocultando toda glória
Que vem com o amanhecer
Para acordar antes é necessário sonhar
Ser livre e ousar
Sem medo de errar
Pois o pior que pode ocorrer
É a vida acabar
E você descobrir que nunca soube viver
É necessário aprender a amar
12 dezembro 2014
Aqui se é de bem!
Flutuou...
Como folha no vento
Sem o chão por um tempo
Vagou...
Pelo espaço, num momento
Tremendo por dentro
Num reflexo intenso
Onde o ar faltou
E o clarão de mil raios
Clareou...
E mostrou o argumento
Queimando inteiro o que restou
Sem deixar nenhum alimento
Para o mal ou intento
Que se pensou
E foi pra longe...
Pra onde se demandou
Como folha no vento
Sem o chão por um tempo
Vagou...
Pelo espaço, num momento
Tremendo por dentro
Num reflexo intenso
Onde o ar faltou
E o clarão de mil raios
Clareou...
E mostrou o argumento
Queimando inteiro o que restou
Sem deixar nenhum alimento
Para o mal ou intento
Que se pensou
E foi pra longe...
Pra onde se demandou
03 novembro 2014
A morte
Sobre a morte...
Ela não é triste
É um adormecer sereno
Para despertar num outro lugar
É uma pausa, um intervalo
Físico e espírito se despedem, se separam
A alma é imortal
Mas a ausência deixa saudade...
E essa jamais morre
Não pode se transformar em dor
Apenas naquela sensação
De se pegar sorrindo, em lembranças
E é sempre difícil dar adeus
Então, apenas entregue quem partiu
Com um até breve!!!!
Ela não é triste
É um adormecer sereno
Para despertar num outro lugar
É uma pausa, um intervalo
Físico e espírito se despedem, se separam
A alma é imortal
Mas a ausência deixa saudade...
E essa jamais morre
Não pode se transformar em dor
Apenas naquela sensação
De se pegar sorrindo, em lembranças
E é sempre difícil dar adeus
Então, apenas entregue quem partiu
Com um até breve!!!!
06 julho 2014
Camisa de Fraqueza
Psicose, alienação
O medo não engana nenhuma emoção
Pânico, euforia, agitação
Taquicardia acelerando o coração
Química controladora
Administra tanta frustração
Prejuízo a uma mente já sem direção
Terapias, muitas manias
Entre normalidade e obssessão
A mente já não esconde tanta alienação
E ninguém entende a tristeza
A não ser quem já a sentiu sem a razão
E os dias passam cinzas mesmo com o azul no ar
São só lágrimas disparadas para nublar
Angústia, sem cerimônia veio visitar
A alma que ainda teima em lutar
Alegria, vem aqui para dar sua mão
Ergue o corpo tão inerte do chão
Hoje está acabando novamente igual
Quem sabe amanhã não haja mais tanto mal
E apenas o que mudou volte ao normal
E assim seja, ponto final!
O medo não engana nenhuma emoção
Pânico, euforia, agitação
Taquicardia acelerando o coração
Química controladora
Administra tanta frustração
Prejuízo a uma mente já sem direção
Terapias, muitas manias
Entre normalidade e obssessão
A mente já não esconde tanta alienação
E ninguém entende a tristeza
A não ser quem já a sentiu sem a razão
E os dias passam cinzas mesmo com o azul no ar
São só lágrimas disparadas para nublar
Angústia, sem cerimônia veio visitar
A alma que ainda teima em lutar
Alegria, vem aqui para dar sua mão
Ergue o corpo tão inerte do chão
Hoje está acabando novamente igual
Quem sabe amanhã não haja mais tanto mal
E apenas o que mudou volte ao normal
E assim seja, ponto final!
04 julho 2014
Alienado
Bom dia o mundo já acordou
Só você que não notou
Aquele ontem já passou
E você se acovardou
Alienado, não sabe de nada
E nem quer saber
Alienado, o sistema
Não quer mais você
Não contribui, nem influi
Não corre nem anda
Não dá, não retribui
Alienado, cercado de nada
Por todos os lados
Alienado, ilhado, inexistente
Ainda vai ser desmascarado
Todos te veem, ninguém nem entende
Essa sua inércia nem surpreende
Alienação em massa
No meio de tanta desgraça
Tanta gente sem opinião
Mas você nem disfarça
A nação anda pelo chão
Cheia de alienados sem imaginação
Alienado, invisível e sem noção
Desintegrou-se em tanta abominação
Só você que não notou
Aquele ontem já passou
E você se acovardou
Alienado, não sabe de nada
E nem quer saber
Alienado, o sistema
Não quer mais você
Não contribui, nem influi
Não corre nem anda
Não dá, não retribui
Alienado, cercado de nada
Por todos os lados
Alienado, ilhado, inexistente
Ainda vai ser desmascarado
Todos te veem, ninguém nem entende
Essa sua inércia nem surpreende
Alienação em massa
No meio de tanta desgraça
Tanta gente sem opinião
Mas você nem disfarça
A nação anda pelo chão
Cheia de alienados sem imaginação
Alienado, invisível e sem noção
Desintegrou-se em tanta abominação
Derrotista
De zero a mil, sempre no fim da lista
Não precisa nenhuma pista
Derrotista, derrotista
Dia após dia nenhuma conquista
Nem um emprego não consegue
Desistiu, nem quer tentar
Derrotista, derrotista
Prefiro nunca te encontrar
Todos fogem de você
Já nem querem te escutar
Derrotista, derrotista
Tá na hora de se aposentar
Nem auto-piedade vai te salvar
Ta na hora de acordar
Derrotista, derrotista
Ou é morrer ou se matar!!!
Não precisa nenhuma pista
Derrotista, derrotista
Dia após dia nenhuma conquista
Nem um emprego não consegue
Desistiu, nem quer tentar
Derrotista, derrotista
Prefiro nunca te encontrar
Todos fogem de você
Já nem querem te escutar
Derrotista, derrotista
Tá na hora de se aposentar
Nem auto-piedade vai te salvar
Ta na hora de acordar
Derrotista, derrotista
Ou é morrer ou se matar!!!
29 março 2014
Vícios
Absurdos delirantes
Químicos pulsantes
Impostores farsantes
Protagonistas e coadjuvantes
Prazer inebriante
Mazelas anestesiantes
Perfuro-cortantes
Líquidos gotejantes
Comprimidos brilhantes
Cigarros incendiantes
Cachimbos incitantes
Necessidades viciantes
Confusos em instantes
Jamais como eram antes
Mortos logo adiante
Químicos pulsantes
Impostores farsantes
Protagonistas e coadjuvantes
Prazer inebriante
Mazelas anestesiantes
Perfuro-cortantes
Líquidos gotejantes
Comprimidos brilhantes
Cigarros incendiantes
Cachimbos incitantes
Necessidades viciantes
Confusos em instantes
Jamais como eram antes
Mortos logo adiante
27 março 2014
Mãos...
Não haveria um novo dia, nem outro dia...
Se não fossem pelas batalhas constantes!
Se não fossem pelas batalhas constantes!
Palavras flutuando na mente, em forma de frases complexas
Questões sem respostas, vazios, ecos
Questões sem respostas, vazios, ecos
Avassaladoras menções, sem sentido
Tudo aqui, tudo ali... logo, adiante
Vislumbra-se o futuro e chama-se a verdade
Vislumbra-se o futuro e chama-se a verdade
E ela não é nem amiga, nem aliada
Rompe a jornada ao lado
Rompe a jornada ao lado
Trilhando um caminho, apenas um caminho
Que pode levar à exaustão
E é quase uma inimiga
A que fortalece e instiga à guerra
Não declara derrotas nem vitórias
Apenas convida para batalha
Guerreando lado a lado
Tudo se transforma em solos
Meio triste, estéril, mudo, desfocado
Meio triste, estéril, mudo, desfocado
Tocando os extremos: sonho e realidade
Desequilibrando e anuviando os sentidos
Medo e desespero despertos
Intrusos, ingratos, não acolhidos
Ficam margeando o caminho
Ficam margeando o caminho
Tentando assombrar cada passo
Declara-se o não a tudo que possa nos deter
Traçam-se planos, mensurando possibilidades
Aceitando probabilidades, vitórias ou derrotas
Indo simplesmente a diante
Indo simplesmente a diante
Destemidamente, bravamente
E assim prosseguindo...
E assim prosseguindo...
Embora a vida pareça às vezes escapar pelas mãos
De mãos dadas é mais fácil caminhar
Sempre existe alguém pra te cuidar
Te lembrando que o chão não é seu lugar!
De mãos dadas é mais fácil caminhar
Sempre existe alguém pra te cuidar
Te lembrando que o chão não é seu lugar!
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